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terça-feira, 21 de maio de 2024

SE TESTE +

 

16. Leia o trecho a seguir.

 

Todo ponto de vista é a vista de um ponto - Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.   Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.  A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.

 

Fonte: BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999.

 

A expressão “com os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de:

a) enfatizar a leitura.

b) incentivar a leitura.

c) priorizar a leitura.

d) individualizar a leitura.

e) valorizar a leitura.

 

17. Leia o trecho a seguir.

 

Eu tenho um sonho

Eu tenho um sonho
lutar pelos direitos dos homens
Eu tenho um sonho
tornar nosso mundo verde e limpinho
Eu tenho um sonho
de boa educação para as crianças
Eu tenho um sonho
de voar livre como um passarinho
Eu tenho um sonho
ter amigos de todas raças
Eu tenho um sonho
que o mundo viva em paz
e em parte alguma haja guerra
Eu tenho um sonho
Acabar com a pobreza na Terra
Eu tenho um sonho
Eu tenho um monte de sonhos...
Quero que todos se realizem
Mas como?
Marchemos de mãos dadas
e ombro a ombro
Para que os sonhos de todos se realizem!

Fonte: SHRESTHA, Urjana. Eu tenho um sonho. In: Jovens do mundo inteiro. Todos temos direitos: um livro de direitos humanos. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2000, p.10.

No verso “Quero que todos se realizem” (v. 19) o termo sublinhado refere-se a:
a) direitos.
b) sonhos.
c) homens.
d) amigos.

e) todos.

 

18. Leia o trecho a seguir.

 

A fadiga da informação (fragmento)

 

Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação. Antes mesmo da Internet, o problema já era sério, tantos e tão velozes eram os meios de informação existentes, trafegando nas asas da eletrônica, da informação, dos satélites. A Internet levou o processo ao apogeu, criando a espécie dos internautas e estourando os limites da capacidade humana de assimilar os conhecimentos e os acontecimentos desse mundo. Pois os instrumentos de comunicação se multiplicam, mas o potencial de captação humana – do ponto de vista físico, mental e psicológico – continua restrito. Então, diante do bombardeio crescente de informações, a reação de muitos tende a tornar-se doentia: ficam estressados, perturbam-se e perdem a eficiência no trabalho. Já não se trata de imaginar como esse fenômeno possa ocorrer. Na verdade, a síndrome da fadiga da informação está em plena evidência, conforme pesquisa recente nos Estados Unidos, na Inglaterra e em outros países, junto a 1300 executivos. Entre os sintomas da doença apontam-se a paralisia da capacidade analítica, o aumento das ansiedades e das dúvidas, a inclinação para decisões equivocadas e até levianas.

 


Fonte: MARZAGÃO, Augusto. In: DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro: cidadania hoje e amanhã. São Paulo: Editora Ática, 1999.

 

A síndrome da fadiga da informação ocorre porque:



a) a internet é muito rápida nas informações que veicula.
b) a captação humana de informações é restrita e a oferta é infinita.
c) os meios de informação geram ansiedade em seus usuários.
d) os instrumentos de comunicação conduzem a decisões erradas.
e) a capacidade humana se paralisa dado o volume de conhecimento.


 

19.  Leia o trecho a seguir.

 

A chuva


A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol.


Fonte: ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996.

Todas as frases do texto começam com "a chuva".
Esse recurso é utilizado para
a) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
b) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
c) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
d) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.

e) mostrar a falta de criatividade do escritor.

 

20. Leia os textos abaixo.

 

Texto I
Carta
(Fragmento)
A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer à trama, a si próprio fará.

 

Fonte: Carta do cacique Seattle ao presidente dos EUA em 1855. Texto de domínio público distribuído pela ONU.


Texto II
Dicionário de Geografia
(Fragmento)
Segundo o geógrafo Milton Santos: “o espaço geográfico é a natureza modificada
pelo homem através do seu trabalho”. E “o espaço se define como um conjunto de
formas representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma
estrutura representada por relações sociais que estão acontecendo diante dos nossos
olhos e que se manifestam através de processos e funções”.


Fonte: GIOVANNETTI, G. Dicionário de Geografia. Melhoramentos, 1996.

Os dois textos diferem, essencialmente, quanto:
a) à abordagem mais objetiva do texto I.
b) ao tema geral abordado por cada autor.
c) ao rigor científico presente no texto II.
d) ao sentimentalismo presente no texto I.
e) ao público a que se destina cada texto.

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